sábado, 28 de maio de 2011

QUINTO FICHAMENTO


Estratégias utilizadas no combate a resistência bacteriana

SILVEIRA G. P. ; GESSER J. C. ; SÁ M. M. ; TERENZI H. Estratégias utilizadas no combate a resistência bacteriana Quím. Nova vol.29 no.4 São Paulo July/Aug. 2006

”No decorrer das últimas décadas, o desenvolvimento de fármacos eficientes no combate a infecções bacterianas1revolucionou o tratamento médico, ocasionando a redução drástica da mortalidade causada por doenças microbianas. Por outro lado, a disseminação do uso de antibióticos lamentavelmente fez com que as bactérias também desenvolvessem defesas relativas aos agentes antibacterianos, com o conseqüente aparecimento de resistência. O fenômeno da resistência bacteriana2 a diversos antibióticos e agentes quimioterápicos impõe sérias limitações3 às opções para o tratamento de infecções bacterianas, representando uma ameaça para a saúde pública. Esta resistência prolifera-se rapidamente4,5 através de transferência genética, atingindo algumas das principais bactérias Gram-positivas, como enterococos, estafilococos e estreptococos.”(p.1)
“Uma maneira preventiva de combater o avanço de infecções causadas por VRE e VRSA é a implementação10 de medidas de decréscimo de fontes destas bactérias. O controle das infecções a partir de ações que possibilitem o isolamento de pacientes infectados e a educação da população sobre os métodos de transmissão de VRE vêm contendo a propagação do microrganismo. Restrições na utilização de antibióticos, além de diretrizes para o emprego de agentes antibacterianos ajudam a diminuir o florescimento de VRE no trato gastrointestinal. Porém, esta medida parece ser de difícil execução, uma vez que o uso de antibióticos de maneira empírica é bastante comum. De fato, o uso abusivo7 de antibióticos para tratamento de infecções virais, como caxumba, sarampo e gripe, e febres de etiologia desconhecida que não respondem a antibioticoterapia, além de inútil, também promove o surgimento da resistência.”(p.4)
“As estratégias buscando superar a resistência bacteriana frente a vancomicina e a outros antibióticos glicopeptídicos foram inicialmente concentradas na obtenção de novas substâncias possuindo alta afinidade pela porção terminal D-Ala-D-Ala e modificada D-Ala-D-Lac presentes, respectivamente, em bactérias susceptíveis e resistentes à vancomicina, a fim de impedir a biossíntese do peptidoglicano e bloquear27 a construção da parede celular. Desta forma, diversos produtos naturais, sintéticos e semissintéticos têm sido identificados como potenciais agentes antimicrobianos devido à elevada afinidade por modelos de peptidoglicano20,28-31 contendo unidades terminais D-Ala-D-Ala ou D-Ala-D-Lac.”(p.14)
Fonte:http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-40422006000400037&lang=pt

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