domingo, 29 de maio de 2011

DÉCIMO FICHAMENTO (GRAÇAS A DEUS)

Polimorfismo genético associado à doença periodontal na população brasileira: revisão de literatura
HOÇOYA L. S. ; JARDINI M. A. Polimorfismo genético associado à doença periodontal na população brasileira: revisão de literatura, Rev Odontol UNESP. 2010; 39(5): 305-310
“O polimorfismo genético é a variação genética na sequência de alelos, na sequência de bases nucleotídicas ou na estrutura cromossômica, que ocorre com uma frequência maior que 1% na população7. O tipo de polimorfismo em evidência na literatura é o de base única, conhecido como Polimorfismo de Nucleotídeo Único (Single Nucleotide Polimorphism - SNP), que consiste em uma variação da identidade de um nucleotídeo singular num sítio particular do genoma8.”(p4)
“Dentre os estudos desta pesquisa, apenas três incluíram fumantes em suas amostras. De acordo com Moreira et al.4,15,24, a associação do polimorfismo genético com a doença periodontal é mais evidente quando os fumantes foram excluídos do estudo, assim como no estudo de Kornman et al.11, que confirma a importância do fator de risco e que sugere que o tabagismo pode ocultar a relação polimorfismo-doença4,14,15,24. Substâncias como a nicotina, o monóxido de carbono e o cianeto de hidrogênio podem agir como vasoconstritores, resultando na isquemia do tecido, na redução da resposta vascular inflamatória através da redução de citocinas pró-inflamatórias e na diminuição dos sinais clínicos de inflamação e do reparo celular. Além disso, sustenta-se que elas ajam diretamente sobre os macrófagos e fibroblastos, resultando num retardo no reparo. Os fumantes possuem ainda uma diminuição no número de linfócitos T auxiliares e a utilização do tabaco também pode prejudicar a quimiotaxia e a fagocitose de fagócitos periféricos da cavidade oral.”(p.22)
“Segundo Nevins, Nevins43, a presença de um polimorfismo genético não deve ser considerada como diagnóstico para a doença periodontal. Ele deve atuar como indicador de prognóstico, auxiliando o profissional a optar pela melhor conduta de tratamento, uma vez que a escolha da terapia é baseada não só na destruição periodontal que o paciente apresenta, mas também no seu risco de desenvolver problemas periodontais mais severos.”(p.28)
Fonte: Faculdade de Odontologia, UNESP – Univ Estadual Paulista, 12245-000 São José dos Campos - SP, Brasil e-mail: jardini@fosjc.unesp.br

NONO FICHAMENTO

Papiloma Vírus Humano (HPV) como fator de risco para o Carcinoma Escamoso Celular (CEC) Oral - Revisão de Literatura
VIDAL A. K. L. ; JÚNIOR A. F. C. ; MELLO R. J. V., MARIA DO CARMO CARVALHO LIMA M. C. Papiloma Vírus Humano (HPV) como fator de risco para o Carcinoma Escamoso Celular (CEC) Oral - Revisão de Literatura,  Odontologia. Clín.-Científ., Recife, 5 (1): 07-25, jan/mar., 2006


A magnitude do câncer entre uma população está relacionada, principalmente, à idade, aos fatores de risco a que ela se expõe, à qualidade da assistência a ela prestada e à qualidade da informação disponível. Como o câncer, geralmente, se manifesta em idades avançadas, quanto mais velha for uma população, maiores serão as taxas de incidência e mortalidade.”(P.3)

“Em geral, os HPV 6 e 11 são encontrados em condilomas não-malignos da região ânus-genital e nos papilomas da laringe. Entretanto, na pesquisa de Turazza et al123 (1997) foi encontrado HPV6 DNA em carcinoma de amígdala, e foi observada uma freqüência de HPVs de baixo risco (6 e 11) associados a tumores malignos, numa freqüência mais alta do que é usualmente observado, desse modo, contribuindo para os resultados controver­sos que ainda caracterizam os estudos do vírus HPV-DNA nos CEC bucais.”(P.29)

“Mais pesquisas são necessárias para que se possa entender a associação de diferentes agentes infecciosos, transmitidos sexualmente, incluindo o HPV-DNA, como fator de risco para lesões patoló­gicas (CHATTERJEE et al22, 2001). Estudos como o de base populacional realizado por Schwartz et al102 (2001), para determinar os efeitos do HPV16-DNA nos CECs bucais, evidenciaram que em 15,1% dos tumores o HPV16 estava associado a prognósticos favoráveis. Destacaram os autores que isto pode propiciar uma informação importante para o prognóstico, apesar de não ser avaliada corretamente a genotipagem de HPV nos CECs de boca. Schwartz et al102 (2001), em estudo de base populacional, constataram que a presença do HPV16-DNA associou-se independentemente com pacientes com CEC bucal de prognóstico favorável. A significância clínica deste estudo aponta para o indício de que, apesar do genótipo do HPV não ser normalmente avaliado, talvez esta seja uma informação prognóstica importante.”(P.32)

“Namin et al88 (2003) ressaltaram a neces­sidade de melhor compreensão acerca da pa­togênese do HPV, e a sua freqüência de acordo com as faixas etárias, uma vez que Summersgill et al116 (2001) evidenciaram a presença do vírus HPV em crianças de 02 anos de idade, além de jovens e adolescentes com 13 ou mais anos de idade, questionando-se os modos de transmissão ao recém-nascido. Neste estudo, metade das crianças com HPV positivo haviam nascido de parto cesariano, e não encontraram associação signifi­cante entre raça, parentes, educação, histórico de tabaco nem atividade sexual. Também Kojima et al60 (2003) detectaram HPV na cavidade bucal de crianças de 3 a 5 anos de idade, incluindo o HPV16-DNA, sugerindo, assim, que a cavidade bucal pode ser uma reserva de HPV na infância, associando-se mais tarde a doenças como câncer bucal e/ ou outras lesões bucais. Kojima et al60 (2003) concordam que a forma de transmissão do HPV para cavidade bucal não está completa­mente esclarecida, acreditando, assim como Lowy e Frazer63 (2003), que, no futuro, a vacinação na infância poderá, quiçá, prevenir o câncer bucal, promovendo uma proteção adicional.”(P55)
Fonte:www.cro-pe.org.br

OITAVO FICHAMENTO

Higiene bucal: prática relevante na prevenção de pneumonia hospitalar em pacientes em estado crítico

SILVEIRA I. R. ; MAIA F. O. M. ; GNATTA J. R. ; LACERDA R. A. Higiene bucal: prática relevante na prevenção de pneumonia hospitalar em pacientes em estado crítico, Acta paul. enferm. vol.23 no.5 São Paulo Sept./Oct. 2010

“higiene bucal para pacientes em Unidade de Terapia Intensiva (UTI), não categorizam tal prática como recomendação baseada em fortes evidências(1). Vários estudos vêm determinando, a higiene bucal, como uma medida significativa para reduzir a pneumonia associada à ventilação mecânica (PAVM)Tradicionalmente, a higiene bucal compõe a higiene corporal como um todo e constitui um dos mais importantes cuidados de enfermagem. Assim, faz-se necessária a divulgação e atualização sobre a temática, a fim de oferecer maior capacitação durante a assistência aos pacientes.”(P2)
A microbiota da cavidade bucal é composta por mais de 300 espécies de bactérias que, sob condições normais(14), mantêm-se em equilíbrio e podem servir como um reservatório persistente de bactérias orais e respiratórias(15). Mas, podem sofrer interferências de fatores relacionados aos hospedeiros, como: interações físico-químicas entre enzimas e micro-organismos, redução de saliva e de imunoglobulinas, níveis elevados das enzimas proteases e neuraminidases associadas a uma higiene bucal precária e gengivites, promovendo a colonização por bactérias Gram-negativas. A placa dental é composta basicamente por bactérias anaeróbias e filamentos que aderem às superfícies dentais, gengivas, língua, interior da própria cavidade bucal e próteses dentárias. As bactérias aeróbias não são frequentes nas placas, sendo mais encontradas nas superfícies supragengivais. Pacientes em estado crítico apresentam elevados níveis da protease, a que remove das superfícies dos dentes uma substância protetora denominada fibronectina (glicoproteína inibidora da aderência de bacilos Gram-negativos à orofaringe). A perda dessa substância reduz o mecanismo de defesa intermediado pelas células reticuloendoteliais(14), facilitando a fixação dos Gram-negativos e alterando a microbiota normal, inclusive com a presença de Pseudomonas aeruginosa nas células epiteliais faríngeas e orais.”(P4)
“As vias respiratórias inferiores podem ser colonizadas por micro-aspiração ou aspiração de secreções provenientes da orofaringe, inalação de aerossóis com micro-organismos viáveis ou via hematogênica(16). Destacam-se a broncoaspiração e a formação de placa dental, como fatores importantes para o desenvolvimento de pneumonia, pois a traqueia e os pulmões podem ser colonizados por micro-organismos contidos nas secreções e placa dental(14-15,18). A aspiração de secreções ocorre, em cerca de 45% dos casos, durante o sono de pessoas saudáveis, podendo chegar a 100% nas seguintes situações: sono profundo, etilistas, pacientes com nível de consciência rebaixado, intubação endotraqueal, sonda nasogástrica e posição supina(16,19). Além disso, a placa dental atua como um reservatório, facilitando a colonização por micro-organismos produtores de enzimas capazes de alterar a superfície da cavidade bucal, permitindo a adesão de micro-organismos predominantemente respiratórios(15). Uma higiene bucal inadequada e/ou ausência de remoção mecânica da placa dental predispõe a colonização por bact”(P.6)
“A revisão das práticas preventivas é essencial para a redução de pneumonias em pacientes em estado crítico, assim a higiene bucal com antisséptico, bem como a remoção da placa dental assume um importante papel ao reduzir a carga microbiana. O cuidado com a saúde bucal vai além do conforto, devem ser adotadas técnicas e produtos diferenciados, o que exige do enfermeiro conhecimento teórico e prático. A avaliação da cavidade bucal deve incluir na prescrição de enfermagem a modalidade mais apropriada para o paciente, considerando a condição clínica, risco de sangramento, lesões na cavidade bucal, abertura da boca, nível de sedação e de consciência, presença ou não de dentes, de cânulas e sondas. Os enfermeiros devem elaborar protocolos que possam ser exeqüíveis e promoverem treinamentos para as demais categorias de enfermagem, além de avaliarem, posteriormente, a adesão a essas recomendações.”(P.11)
Fonte: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-21002010000500018&lang=pt

SÉTIMO FICHAMENTO

Comparação entre a concentração de mastócitos em carcinomas espinocelulares da pele e da cavidade oral

PARIZI A. C. G. ; BARBOSA R. L. ; José Luiz Santos PARIZI J. L. S. ; NAI G. A. Comparação entre a concentração de mastócitos em carcinomas espinocelulares da pele e da cavidade oral,  An. Bras. Dermatol. vol.85 no.6 Rio de Janeiro Nov./Dec. 2010

 

“Os carcinomas espinocelulares (CECs) são neoplasias malignas originadas do epitélio escamoso e podem ser bem, moderadamente ou pouco diferenciados, ou ainda indiferenciados. Esses tumores podem ocorrer na pele (local mais frequente), boca, laringe, esôfago e colo uterino, locais esses revestidos por epitélio escamoso, ou no contexto de metaplasia escamosa, em que o epitélio original sofre transformação para epitélio escamoso, como é observado nos casos de CEC brônquico.”(P.1)

“Os mastócitos podem acumular-se ao redor das neoplasias cutâneas.1 Raros trabalhos não evidenciaram aumento de mastócitos nessas neoplasias.14 Evidências atuais sugerem que os mastócitos contribuem para a tumorigênese das neoplasias cutâneas por quatro mecanismos.”(P.25)

“Degradação da matriz extracelular. Por meio de suas próprias proteases e indiretamente pela interação com outras células, os mastócitos participam na degradação da matriz extracelular, a qual é necessária para a disseminação do tumor.”(P.27)

O presente estudo mostrou que a concentração de mastócitos é quase 0,5 vez maior no tumor do que na margem livre de neoplasia, independente da localização e do grau de diferenciação. Tal achado sugere que o aumento da concentração de mastócitos no tecido seja importante para o desenvolvimento dos CECs (crescimento e invasão tecidual), mas não para a diferenciação celular.”(P.37)

Fonte: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0365-05962010000600006&lang=pt

SEXTO FICHAMENTO

A importância do uso das células tronco para a saúde pública

PEREIRA L. V. A importância do uso das células tronco para a saúde pública Ciênc. saúde coletiva vol.13 no.1 Rio de Janeiro Jan./Feb. 2008

“Uma das primeiras indicações de que as CTs da medula óssea poderiam se diferenciar em tecidos diferentes do hematopoiético veio de um estudo com um modelo animal para distrofia muscular de Duchenne, doença muscular degenerativa causada por mutações no gene da distrofina, uma proteína da parede muscular2. Animais afetados, ou seja, que não produzem a distrofina, foram submetidos a um transplante de medula óssea de camundongos normais. Além de terem sua medula óssea regenerada pelas células do doador, algumas semanas após o transplante, os animais transplantados apresentaram até 10% das fibras musculares contendo aquela proteína. Isto indicava que células derivadas da medula óssea do doador haviam se incorporado ao músculo dos animais distróficos.”(p.5)
”Uma alternativa seria então criar CTs embrionárias "sob medida", ou seja, geneticamente idênticas ao paciente. Com as técnicas de clonagem, podemos criar um embrião clonado do paciente e dele extrair as CTs embrionárias17. Estas poderiam então gerar tecidos 100% compatíveis com o paciente. Esta técnica chama-se clonagem terapêutica e, apesar de já ter sido realizada em diferentes modelos animais, até julho de 2007 não havia sido feita com sucesso em seres humanos. Além disto, dada a necessidade de um grande número de óvulos para cada clonagem terapêutica, esta estratégia não é promissora como forma de terapia para a população geral. Por isso, novas estratégias deverão ser desenvolvidas para a geração de tecidos imunocompatíveis a partir de CTs embrionárias humanas de forma a viabilizar seu uso terapêutico em larga escala.”(p.26)
Em conclusão, pode-se afirmar que as pesquisas com os diferentes tipos de células-tronco devem ser acompanhadas com entusiasmo e cautela. É inerente de toda área de pesquisa em desenvolvimento avanços e retrocessos, e ainda não sabemos quais tipos de células cumprirão a promessa terapêutica e serão as mais adequadas para o tratamento de quais doenças. E enquanto desenvolvemos as pesquisas voltadas ao desenvolvimento de terapias com CTs, temos que ter sempre em mente que estas deverão ser disponibilizadas para toda a nossa população. Com freqüência as técnicas médicas mais avançadas ficam restritas a uma pequena parcela da população que pode pagar por ela. Porém, no caso das CTs, as novas terapias provavelmente substituirão as atuais mais caras e ineficientes (como, por exemplo, um transplante de fígado ou coração). Além disto, as CTs devem ser vistas não só como um agente terapêutico, mas como um modelo de pesquisa onde podemos estudar os mecanismos por trás da diferenciação celular, desenvolvimento embrionário e câncer, entre outros. Esses conhecimentos de biologia básica poderão, por sua vez, levar a uma real melhora da qualidade de vida humana.”(p.37)
Fonte: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-81232008000100002&lang=pt

sábado, 28 de maio de 2011

QUINTO FICHAMENTO


Estratégias utilizadas no combate a resistência bacteriana

SILVEIRA G. P. ; GESSER J. C. ; SÁ M. M. ; TERENZI H. Estratégias utilizadas no combate a resistência bacteriana Quím. Nova vol.29 no.4 São Paulo July/Aug. 2006

”No decorrer das últimas décadas, o desenvolvimento de fármacos eficientes no combate a infecções bacterianas1revolucionou o tratamento médico, ocasionando a redução drástica da mortalidade causada por doenças microbianas. Por outro lado, a disseminação do uso de antibióticos lamentavelmente fez com que as bactérias também desenvolvessem defesas relativas aos agentes antibacterianos, com o conseqüente aparecimento de resistência. O fenômeno da resistência bacteriana2 a diversos antibióticos e agentes quimioterápicos impõe sérias limitações3 às opções para o tratamento de infecções bacterianas, representando uma ameaça para a saúde pública. Esta resistência prolifera-se rapidamente4,5 através de transferência genética, atingindo algumas das principais bactérias Gram-positivas, como enterococos, estafilococos e estreptococos.”(p.1)
“Uma maneira preventiva de combater o avanço de infecções causadas por VRE e VRSA é a implementação10 de medidas de decréscimo de fontes destas bactérias. O controle das infecções a partir de ações que possibilitem o isolamento de pacientes infectados e a educação da população sobre os métodos de transmissão de VRE vêm contendo a propagação do microrganismo. Restrições na utilização de antibióticos, além de diretrizes para o emprego de agentes antibacterianos ajudam a diminuir o florescimento de VRE no trato gastrointestinal. Porém, esta medida parece ser de difícil execução, uma vez que o uso de antibióticos de maneira empírica é bastante comum. De fato, o uso abusivo7 de antibióticos para tratamento de infecções virais, como caxumba, sarampo e gripe, e febres de etiologia desconhecida que não respondem a antibioticoterapia, além de inútil, também promove o surgimento da resistência.”(p.4)
“As estratégias buscando superar a resistência bacteriana frente a vancomicina e a outros antibióticos glicopeptídicos foram inicialmente concentradas na obtenção de novas substâncias possuindo alta afinidade pela porção terminal D-Ala-D-Ala e modificada D-Ala-D-Lac presentes, respectivamente, em bactérias susceptíveis e resistentes à vancomicina, a fim de impedir a biossíntese do peptidoglicano e bloquear27 a construção da parede celular. Desta forma, diversos produtos naturais, sintéticos e semissintéticos têm sido identificados como potenciais agentes antimicrobianos devido à elevada afinidade por modelos de peptidoglicano20,28-31 contendo unidades terminais D-Ala-D-Ala ou D-Ala-D-Lac.”(p.14)
Fonte:http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-40422006000400037&lang=pt

QUARTO FICHAMENTO


Mitomicina C e "Excimer laser"

WALLAU A.D. ;LEORATTI M. V. Mitomicina C e "Excimer laser" Arq. Bras. Oftalmol. vol.68 no.6 São Paulo Nov./Dec. 2005


“A mitomicina C (MMC) é um antimetabólito alquilante derivado do Streptomyces caespitosus(1). Atua bloqueando a replicação de DNA e RNA e inibindo a síntese protéica, sem ciclo celular específico de ação(1). Células em rápida atividade proliferativa são mais suscetíveis à ação da droga. Inicialmente usada como agente quimioterápico sistêmico, a MMC é atualmente utilizada na oftalmologia em cirurgias de glaucoma(2)e pterígio(3), para tratamento de neoplasias de conjuntiva e córnea(4), em penfigóide ocular cicatricial(5) e recentemente em cirurgias fotoablativas de superfície como moduladora da resposta cicatricial corneana.” (p.1)
“McDermott et al., avaliaram os efeitos da MMC sobre o endotélio humano em duas diferentes concentrações(29). Quatro pares de córneas humanas foram submetidos à irrigação apenas com solução salina (quatro córneas, controles) ou solução salina acrescida de MMC 0,002% (quatro córneas) durante três horas. O experimento foi repetido com dois pares de córneas (casos e controles) e MMC desta vez 0,02%. Paquimetria corneana óptica foi realizada a cada 15 minutos em todas as córneas. Ao final das três horas de experimento, as córneas foram avaliadas por microscopia eletrônica. Não houve diferença estatística na paquimetria corneana ou na avaliação por microscopia eletrônica entre o grupo irrigado apenas com solução salina e o grupo que recebeu MMC 0,002%. Perfusão corneana com MMC 0,02% resultou em edema corneano imediato, com importantes alterações estruturais à microscopia eletrônica. Os autores ponderam que o endotélio corneano humano é relativamente amitótico, porém mesmo células amitóticas necessitam reparo periódico de seu DNA, e a MMC talvez interfira neste processo em longo prazo. A córnea está constantemente exposta à luz, sendo provável dano ao DNA induzido por radiação ultravioleta.” (p.8)
“aplicação única de mitomicina C durante cirurgia fotoablativa de superfície tem se mostrado uma opção segura e eficiente para fins terapêuticos em olhos com opacidade corneana pré-existente e/ou profiláticos em olhos com alto risco de desenvolvimento de opacificação corneana pós-operatória. Novos estudos ainda são necessários para determinar a menor concentração e o menor tempo de exposição corneana eficaz da droga para cada fim óptico/refrativo. O uso da mitomicina C em cirurgia fotoablativa de superfície corneana deve ser cauteloso até que seguimento de longo prazo avalie sua inocuidade tardia.” (p.33)
Fonte:http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0004-27492005000600031&lang=pt

TERCEIRO FICHAMENTO


Uso de produtos naturais como coadjuvante no tratamento da doença periodontal

JUIZ P.J. L. ; BARROS T. F. Uso de produtos naturais como coadjuvante no tratamento da doença periodontal Rev. bras. farmacogn. vol.20 no.1 Curitiba Jan./Mar. 2010

“A doença periodontal é descrita como um conjunto de processos inflamatórios e infecciosos que ISSN 0102-695X acomete os tecidos periodontais, de etiologia multifatorial, incluindo Diabetes mellitus insulino dependente, infecção por HIV, tabagismo, alterações neutrofílicas  e predisposição genética.”(p.2)
 “terapia periodontal convencional realizada com sucesso tem o objetivo de manter a saúde dos tecidos periodontais, porém a recolonização da área subgengival pelos periodontopatógenos, resultado de uma terapia preventiva de manutenção falha, pode acarretar em uma doença recorrente. Desta forma produtos naturais poderiam auxiliar no controle do crescimento do biofilme dental subgengival.”(p.4)
“Alho (Allium sativum) tem mostrado conhecida propriedade antibacteriana, antifúngica e antiviral, a esse respeito Bakri & Douglas (2005) testaram o efeito desta planta sobre o crescimento e enzimas proteolíticas dePorphyromonas gingivalis. O extrato de alho inibiu o crescimento, CIM (Concentração Inibitória Mínima) 142,7-35,7 mg/mL e também mostrou um efeito bactericida, CBM (Concentração Bactericida Mínima) 35,7-1,1 mg/mL, sobre o organismo testado. Ainda, a atividade proteolítica da protease de P. gingivalis foi inibida em 94,88%. Estes dados sugerem que esta planta é um importante coadjuvante no tratamento de pacientes portadores de periodontite (Bakri & Douglas 2005).”(p.8)
“O desenvolvimento tecnológico e industrial traz ao mercado diariamente produtos como escovas elétricas, irrigadores elétricos, que facilitam a higiene bucal e controle de placa. A esse respeito Pistorius e colaboradores (2003) associaram a esta tecnologia um antisséptico bucal contendo extrato de ervas medicinais de Salvia officinalis, Mentha piperita, Matricaria chamomilla, Commiphora myrrha, Carvum carvi, Eugenia caryophyllus e Echinacea purpurea na concentração de 2,5 partes do agente em 100 partes de água, preparado pelos participantes do projeto. Esta inovação conseguiu reduzir o índice de sangramento gengival no grupo de pacientes com gengivite, resultado estatisticamente significante quando comparado ao grupo controle, composto de pacientes que utilizavam irrigadores convencionais.”(p.21)

“O Brasil possui a mais rica flora em todo o mundo, com mais de 56.000 espécies de plantas, cerca de 19% da flora mundial. Estimativas indicam aproximadamente 5 a 10 espécies de gimnosperma, 55.000 a 60.000 espécies de angiospermas, 3100 espécies de briófitas e 1200 a 1300 espécies de pteridófitas, e em torno de 525 espécies de algas marinhas (Giulietti et al., 2005). Esta biodiversidade pode ser uma rica fonte de matéria-prima de produtos naturais com atividade antimicrobiana e representa uma alternativa promissora no combate as cepas multirresistentes.”(p.25)
Fonte:http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-695X2010000100026&lang=pt

SEGUNDO FICHAMENTO


Uso de serviços odontológicos por pacientes com síndrome de Down

OLIVEIRA A. C. ; CZESNIA D. ; PAIVA S. M. ; CAMPOS M.R. ; FERREIRA E. F. Uso de serviços odontológicos por pacientes com síndrome de Down, Rev. Saúde Pública vol.42 no.4 São Paulo Aug. 2008 

As crianças e adolescentes com síndrome de Down são pacientes comuns dos consultórios médicos, daí a importância desses profissionais estarem sempre atentos ao cuidado integral do paciente, fornecendo todas as informações necessárias ao cuidador.” (p.25)
“A chance de ter alguma experiência odontológica aumentou com a idade, independentemente dos demais aspectos analisados, conforme esperado.16 Com o avanço da idade, as alterações dentárias comuns à síndrome de Down podem provocar intercorrências que necessitarão da intervenção do dentista, na maior parte curativas.”(p.26)
“A integralidade vem sendo incorporada à consciência crítica dos profissionais de saúde. Não basta, no entanto, que esses profissionais possuam um olhar atento e capaz de apreender as necessidades do usuário se a população não tem condições de acesso a um sistema com cuidados integrais. Embora o estudo tenha identificado alto percentual de crianças e adolescentes com síndrome de Down com atenção odontológica, o fato desses pacientes já terem ido ao dentista não significa, necessariamente, que tenham recebido atenção odontológica integral e contínua. Muitas vezes acontece apenas a resolução imediata do problema que levou à consulta, e não um atendimento odontológico composto por procedimentos preventivos e curativos que visem suprir todas as necessidades pertinentes à saúde bucal daqueles pacientes.”(p.30)
Fonte:http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-89102008000400016&lang=pt