Papiloma Vírus Humano (HPV) como fator de risco para o Carcinoma Escamoso Celular (CEC) Oral - Revisão de Literatura
VIDAL A. K. L. ; JÚNIOR A. F. C. ; MELLO R. J. V., MARIA DO CARMO CARVALHO LIMA M. C. Papiloma Vírus Humano (HPV) como fator de risco para o Carcinoma Escamoso Celular (CEC) Oral - Revisão de Literatura, Odontologia. Clín.-Científ., Recife, 5 (1): 07-25, jan/mar., 2006
“A magnitude do câncer entre uma população está relacionada, principalmente, à idade, aos fatores de risco a que ela se expõe, à qualidade da assistência a ela prestada e à qualidade da informação disponível. Como o câncer, geralmente, se manifesta em idades avançadas, quanto mais velha for uma população, maiores serão as taxas de incidência e mortalidade.”(P.3)
“Em geral, os HPV 6 e 11 são encontrados em condilomas não-malignos da região ânus-genital e nos papilomas da laringe. Entretanto, na pesquisa de Turazza et al123 (1997) foi encontrado HPV6 DNA em carcinoma de amígdala, e foi observada uma freqüência de HPVs de baixo risco (6 e 11) associados a tumores malignos, numa freqüência mais alta do que é usualmente observado, desse modo, contribuindo para os resultados controversos que ainda caracterizam os estudos do vírus HPV-DNA nos CEC bucais.”(P.29)
“Mais pesquisas são necessárias para que se possa entender a associação de diferentes agentes infecciosos, transmitidos sexualmente, incluindo o HPV-DNA, como fator de risco para lesões patológicas (CHATTERJEE et al22, 2001). Estudos como o de base populacional realizado por Schwartz et al102 (2001), para determinar os efeitos do HPV16-DNA nos CECs bucais, evidenciaram que em 15,1% dos tumores o HPV16 estava associado a prognósticos favoráveis. Destacaram os autores que isto pode propiciar uma informação importante para o prognóstico, apesar de não ser avaliada corretamente a genotipagem de HPV nos CECs de boca. Schwartz et al102 (2001), em estudo de base populacional, constataram que a presença do HPV16-DNA associou-se independentemente com pacientes com CEC bucal de prognóstico favorável. A significância clínica deste estudo aponta para o indício de que, apesar do genótipo do HPV não ser normalmente avaliado, talvez esta seja uma informação prognóstica importante.”(P.32)
“Namin et al88 (2003) ressaltaram a necessidade de melhor compreensão acerca da patogênese do HPV, e a sua freqüência de acordo com as faixas etárias, uma vez que Summersgill et al116 (2001) evidenciaram a presença do vírus HPV em crianças de 02 anos de idade, além de jovens e adolescentes com 13 ou mais anos de idade, questionando-se os modos de transmissão ao recém-nascido. Neste estudo, metade das crianças com HPV positivo haviam nascido de parto cesariano, e não encontraram associação significante entre raça, parentes, educação, histórico de tabaco nem atividade sexual. Também Kojima et al60 (2003) detectaram HPV na cavidade bucal de crianças de 3 a 5 anos de idade, incluindo o HPV16-DNA, sugerindo, assim, que a cavidade bucal pode ser uma reserva de HPV na infância, associando-se mais tarde a doenças como câncer bucal e/ ou outras lesões bucais. Kojima et al60 (2003) concordam que a forma de transmissão do HPV para cavidade bucal não está completamente esclarecida, acreditando, assim como Lowy e Frazer63 (2003), que, no futuro, a vacinação na infância poderá, quiçá, prevenir o câncer bucal, promovendo uma proteção adicional.”(P55)
Fonte:www.cro-pe.org.br
Fonte:www.cro-pe.org.br
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